Pilotos

Análise de necessidades e requisitos dos utilizadores

Antes da criação do primeiro protótipo do SmartWork, e de modo a desenvolver serviços escaláveis e adaptados ao perfil do trabalhador, os utilizadores finais dos locais-piloto – CDC (Coimbra, Portugal) e CAT (Aarhus – Dinamarca) – irão ser consultados (através de questionários, entrevistas, focus group, aplicados a colaboradores, seus empregadores e cuidadores). O objetivo passará por colmatar as lacunas em estudos de investigação, por investigar sobre a capacidade e a sustentabilidade de trabalho atual, e por perceber as diferenças culturais e as prioridades dos trabalhadores, identificar as necessidades dos utilizadores e estabelecer os requisitos para o protótipo do sistema. Na fase de análise de necessidades e requisitos do utilizador, irão ser produzidos relatórios sobre os desafios éticos e de segurança, incluindo:

1. Enquadramento legal e deontotológico para o estudo e desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação, incluindo a aplicação em grupos-alvo mais frágeis

 

2. Princípios éticos e profissionais

 

3. Considerações e recomendações legais para a recolha, monitorização, armazenamento e proteção de dados pessoais.

 

Esta avaliação preliminar da viabilidade ética do projeto irá estabelecer o nível de preocupação para o desenvolvimento dos sensores, ferramentas e dispositivos, prévio à implementação dos pilotos.

Teste em ambiente real

Assim que o protótipo do SmartWork for desenvolvido, testado e validado em laboratório, será implementada uma estrutura de duas fases no piloto para testar a viabilidade do pacote de serviços do SmartWork, no uso quotidiano (experiências em ambiente semi-controlado), e para avaliar o sistema e os serviços do SmartWork em ambientes reais.

Teste em ambiente semi-controlado

Com o objetivo de analisar os desafios que impeçam a implementação do SmartWork, cada versão do protótipo (resultante do WP7 e já testada e validada em laboratório) será avaliada por 12 colaboradores com mais de 55 anos, 2 supervisores e 2 cuidadores, recrutados para o pré-piloto na CDC.

 

Os funcionários de escritório serão alvo de uma demonstração sobre como utilizar todos os dispositivos de monitorização não intrusivos, bem como os serviços inteligentes. Os colaboradores poderão ser monitorizados em vários ambientes (no local de trabalho, em casa, ou em movimento), durante 2 meses contínuos de teste, com apoio da equipa técnica e de investigação, sempre que necessário).

 

Os responsáveis de serviço e cuidadores informais também participarão do piloto experimental em ambientes semicontrolados, em paralelo com os trabalhadores. O objetivo é testar a facilidade de uso do sistema SmartWork (bem como a adequação dos respetivos serviços), e identificar quaisquer dificuldades práticas que os utilizadores finais possam enfrentar.

 

No final do teste pré-piloto, será elaborado um relatório descrevendo a funcionalidade e os problemas técnicos encontrados, o que permitirá melhorar o sistema SmartWork e respetivos serviços, antes de iniciar a segunda fase da avaliação, em 2021

Testes de validação com utilizadores finais

O objetivo do estudo é obter evidência preliminar sobre a eficácia do sistema SmartWork e do pacote de serviços inteligentes dirigido à manutenção/aumento da capacidade de trabalho de colaboradores com mais de 55 anos. Um total de 60 utilizadores finais será recrutado nos locais dos pilotos: CDC (Coimbra, Portugal) e CAT (Dinamarca).

 

Os critérios de inclusão dos participantes são os seguintes:

  • Ter idade acima dos 55 anos, de ambos os géneros (1:1 para cada piloto);
  • Dar o seu consentimento para participar;
  • Utilizar telemóvel e computador com acesso à internet em casa.

 

Quanto aos critérios de exclusão, estes referem-se a:

  • Pessoas que não querem participar;
  • Pessoas que não dão o seu consentimento;
  • Pessoas que não falem a língua materna do país em que o piloto se irá realizar;
  • Participantes com diagnóstico psiquiátrico confirmado ou que abusem de substâncias.